Artigos | Postado no dia: 2 setembro, 2025
Como ler um contrato e evitar riscos na assinatura

Assinar um contrato é um dos momentos mais delicados em qualquer negociação empresarial.
Um documento mal redigido pode transformar uma parceria promissora em um problema jurídico, trazendo custos inesperados e litígios desgastantes.
Por isso, a gestão de contratos deixou de ser apenas uma formalidade e passou a ser uma ferramenta estratégica para garantir segurança e transparência.
Saber como ler um contrato, identificar cláusulas essenciais em contratos e entender quais são os riscos em assinar um contrato sem análise são práticas indispensáveis para empresários e gestores.
Quando a atenção preventiva substitui a pressa, a empresa protege seus interesses e cria relações comerciais mais sólidas e duradouras.
Siga a leitura para entender melhor!
O que é gestão de contratos e por que ela importa?
A gestão de contratos envolve a análise, execução e acompanhamento de documentos firmados entre empresas ou entre empresa e cliente. Mais do que arquivar papéis, trata-se de planejar, revisar e monitorar as obrigações assumidas.
Quando feita de forma preventiva, a gestão de contratos ajuda a antecipar problemas, equilibrar responsabilidades e evitar prejuízos. Ignorar essa etapa pode significar assumir obrigações desproporcionais ou deixar de prever soluções para conflitos.
Portanto, investir em gestão contratual não é burocracia: é garantir que a negociação seja clara, justa e juridicamente segura.
Como ler um contrato de forma estratégica
Saber como ler um contrato vai muito além de conferir valores e prazos. É necessário analisar responsabilidades, condições de rescisão, multas e até omissões que possam abrir margem para interpretações prejudiciais.
Exemplo: em um contrato de prestação de serviços, pode haver cláusula de multa por rescisão antecipada de 50% do valor total. Sem análise prévia, a empresa contratante pode ficar presa a um contrato insatisfatório ou arcar com um custo excessivo.
Essa leitura estratégica é uma das bases da gestão de contratos preventiva, pois permite identificar riscos antes da assinatura.
Cláusulas essenciais em contratos bem redigidos
As cláusulas essenciais em contratos são aquelas que dão clareza e equilíbrio ao acordo, evitando interpretações equivocadas e litígios futuros.
Quando bem estruturadas, permitem que as partes saibam exatamente quais são seus direitos e deveres. Entre as principais, destacam-se:
- Definição do objeto – É a descrição clara do que está sendo contratado. Um contrato vago abre espaço para conflitos.
Exemplo: em um contrato de prestação de serviços de TI, deve estar definido se o suporte abrange apenas manutenção corretiva ou também preventiva. - Prazos de execução e entrega – Determinam quando a obrigação deve ser cumprida. Sem prazos, há risco de atrasos indefinidos.
Exemplo: em um contrato de fornecimento, se o prazo de entrega não estiver definido, a empresa pode ficar sem insumos em plena produção. - Condições de pagamento – Estabelecem valores, datas e formas de pagamento. A ausência dessa cláusula gera insegurança para ambas as partes.
Exemplo: um contrato que não especifica se o pagamento será parcelado ou à vista pode causar inadimplência ou cobranças abusivas. - Multas e penalidades – Servem para coibir descumprimentos. Devem ser proporcionais, para não gerar abusos.
Exemplo: prever multa de 2% por atraso em pagamento é razoável; já fixar 30% pode ser considerado ilegal. - Regras de rescisão – Determinam em quais situações o contrato pode ser encerrado sem prejuízo excessivo para uma das partes.
Exemplo: permitir rescisão caso haja atraso reiterado no fornecimento protege o contratante de perdas contínuas. - Foro de eleição – Define em qual cidade ou comarca serão resolvidas eventuais disputas judiciais. Essa escolha pode impactar custos e prazos de defesa.
Exemplo: uma empresa de Porto Alegre pode ser prejudicada se o foro escolhido for em Manaus, aumentando despesas com deslocamento.
Verificar se essas cláusulas essenciais em contratos estão bem estruturadas é um passo indispensável para garantir segurança jurídica e previsibilidade em qualquer negociação empresarial.
Quais são os riscos em assinar um contrato sem análise?
Assinar um contrato sem revisão pode trazer sérios prejuízos. Os riscos vão desde problemas financeiros até disputas judiciais demoradas e custosas.
Exemplo: em um contrato de locação comercial, a falta de cláusula de renovação pode obrigar a empresa a desocupar o imóvel em plena expansão do negócio, causando instabilidade e perda de clientes.
Entendeu?
Por isso, compreender quais são os riscos em assinar um contrato é fundamental para evitar surpresas desagradáveis no futuro.
Conte com a ajuda de um advogado na gestão de contratos!
Contar com a ajuda de um advogado especializado em direito contratual preventivo é fundamental para fortalecer a gestão de contratos. O profissional analisa cada cláusula, identifica riscos e sugere ajustes que equilibram os interesses das partes, evitando problemas futuros.
Além disso, o advogado auxilia na interpretação de termos complexos, garantindo que o gestor saiba como ler um contrato corretamente e compreenda quais são os riscos em assinar um contrato sem revisão.
Com essa orientação, a empresa reduz a chance de litígios, protege seus recursos e fortalece relações comerciais de longo prazo.
FAQ – Perguntas Frequentes
- O que significa gestão de contratos?
É o processo de análise, acompanhamento e controle dos contratos firmados pela empresa, garantindo segurança jurídica. - Como ler um contrato corretamente?
Para saber como ler um contrato, é preciso analisar responsabilidades, multas, cláusulas de rescisão e possíveis omissões. - Quais são os riscos em assinar um contrato sem revisão?
Os riscos vão desde prejuízos financeiros até litígios judiciais e perda de oportunidades de negócio. - Quais cláusulas essenciais em contratos não podem faltar?
As principais são: objeto, prazos, pagamento, penalidades, rescisão e foro de eleição. - A gestão de contratos exige apoio jurídico?
Sim. Um advogado especializado em direito contratual preventivo garante análise detalhada e reduz chances de litígios.
Conclusão
A gestão de contratos preventiva é o caminho mais seguro para reduzir riscos e evitar surpresas desagradáveis. Mais do que revisar documentos, ela permite antecipar problemas, equilibrar responsabilidades e fortalecer a posição da empresa em qualquer negociação.
Portanto, antes de assinar, dedique tempo para avaliar cada cláusula e, sempre que possível, conte com o apoio de um advogado especializado. Essa prática não é um custo, mas um investimento em segurança, previsibilidade e crescimento sustentável para o negócio.
O propósito deste artigo é puramente informativo. Estamos à disposição para orientá-lo.